segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O trabalho!

Trago uma fisga e papel na mão,
Onde eu quero acertar tem de fazer algum sentido,
Numa árvore ou num sinal,
Ou num qualquer objecto partido,
Numa lata ou num vitral,
Num qualquer homem perdido,
O que vês desse jardim são as luzes da cidade,
Duma qualquer pobre sentida sem banco para se sentar,
Tapa-se com folhas de jornal e deixa-se deitar,
O que ouves nem o sentes,
O moldado dos objectos,
O profano inexistente,
O esquecimento dos afectos.

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