quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O cansaço.

Porque me invades e disperso,
Violas mais que o meu universo,
Como que se de espinhos te tratasses,
Seco de alma e seios,
Algemas-me os pulsos inteiros.

O meu império já visto,
O meu dia feito em xisto,
Pulmões que me saltam do peito,
De mais um cigarro a jeito,
Templários de cruz desfeito.

Cristo ao alto cansado,
De mais um mundo humilhado,
De noite presa num pendão,
Grupos de putas e um cabrão,
Em noites de pura inciação.

Antemanhã dura de tormenta,
Faz se mais e a quem aguenta,
Cai a cortina de cena adversa,
De uma alma mínima imersa,
Só importa a morte e desventura,
Sonho de bichos em cama dura.

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