quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bate chapa

Bates me com a força do mundo, usas os punhos como martelos,
as tuas mãos fechadas parecem calhaus atirados à peça, invades o meu tempo diurno, desrespeitas me a vontade, de me querer endireitar com a força psicológica, com a força enérgica de quem nunca o experimentou.

És duro como algodão, suave como cactos, meigo como qualquer filho da p***.
Os teus pés mais parecem raizes de árvore, estagnada, entregue ao século, dependente do Homem para não te decapar os ramos, ou até mesmo não te arrancar definitivamente e fazer de ti simples peça decorativa!

Em ti a história se repete, e assim vamos, todos os dias, todas as horas, assim nos encontramos no mesmo sítio, no mesmo metro quadrado, com a mesma vontade do primeiro dia, como se todos os dias fossem diferentes, onde só muda a cor e a minha filosofia.

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