quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

00h01m

Está escuro. Esta sala mesmo iluminada não me deixa ver-te. Tanta gente junta em tão pouco espaço.

E tudo para te saudar oh ingrato!

Para te receber, a ti que nem nome te deram! És puro tempo, pura passagem, tudo feito num segundo, milésimo de segundo...
Acabou a euforia, já ninguem sobe, ninguem grita.

E agora o que é que acontece? Esperamos pelo próximo? Ou ficamos assim só mais um minuto?


Contigo o meu tempo pára,
Não há gente,
Vivo eternamente,
Tudo muito lentamente,
Isto em mim é coisa rara.

O que fazemos depois,
Subimos ou descemos,
Ficamos por aqui ou crescemos,
Amamo-nos ou desaparecemos,
Isso, sabemos os dois.

E depois do descuido,
Passamos à acção,
Tu que me dizes sempre que não,
Eu insisto e peço te perdão,
E aí sinto o meu coração perdido.

De que me serve essa hora,
Se não é na tua companhia,
De que me serve o segundo,
Se não te tenho e à tua alegria,
De que me serve este momento,
Que ele passe sem demora.


PS- não curto nada passagens de ano...

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