
Tenho pena de ti. Como sofres nas minhas mãos, aos meus pés.
Chegas de longe, com pele rugosa para que te prendam, deixas-te usar como uma mulher de cama incerta, vadia da noite, companheira de after-hours.
Deixas que te abusem, sem te queixares, sem opinares. És mulher do mundo mas única, em ti nasce a criação de outro vagabundo, e tornas um principiante num ídolo de multidões.
Chegas virgem e imaculada,
Sem qualquer marca de estrada,
Sem vincos ou rachas à cintura,
Imagem breve que nas minhas mãos não perdura,
Descarrego todos os sentimentos e sons,
Maravilho-me com a tua cor e ternura,
Fixo-me na tua imaginação e nos meus dons.
Encho-te de cor e linhas,
Invento formas e adivinhas,
Misturo tintas na criação,
Desgasto-me em ti...
Chegas de longe, com pele rugosa para que te prendam, deixas-te usar como uma mulher de cama incerta, vadia da noite, companheira de after-hours.
Deixas que te abusem, sem te queixares, sem opinares. És mulher do mundo mas única, em ti nasce a criação de outro vagabundo, e tornas um principiante num ídolo de multidões.
Chegas virgem e imaculada,
Sem qualquer marca de estrada,
Sem vincos ou rachas à cintura,
Imagem breve que nas minhas mãos não perdura,
Descarrego todos os sentimentos e sons,
Maravilho-me com a tua cor e ternura,
Fixo-me na tua imaginação e nos meus dons.
Encho-te de cor e linhas,
Invento formas e adivinhas,
Misturo tintas na criação,
Desgasto-me em ti...
Mas tu, aos meus olhos não!
1 comentário:
Muito bom, Astrid
Pacheca
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