quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Hora H

E assim te fito pousada sobre os cotovelos,
Delineadas as curvas e pintados os cabelos,
Vista de um ângulo obtuso e disposto,
Com a mão aberta onde repousas o rosto.

O teu corpo justo, breve e recuado,
Olhas com a atenção de um rei cansado,
Atinges o meu corpo de forma fatal,
Namoras o tempo de quem não te quer mal.

Compras a minha desgraça com a tua glória,
Invocas o espaço de que há memória,
Negas a presença daquilo que te basta,
Com coração pequeno mas a alma vasta.

Assim como o minuto que passa involuntário,
Se assim me assiste então eu saio,
De uma história breve e de outrora,
Acabou se o tempo, acabou se a hora.

1 comentário:

Essays on Idleness disse...

keep on writing :) gostei, a ultima quadra está fooooorte.