domingo, 8 de março de 2009

A contrapartida do amor.

Devo confessar que não apaguei o texto que me enviaste, não consigo, não quero.
Não me consigo libertar dessa tua história, das tuas comparações e imagino-te nesse papel e como gosto de imaginar esses cenários e tu neles, seja em Lisboa ou qualquer outra cidade por onde já passaste, e eu contigo, seguindo te, escondendo me atrás de árvores, postes, baixando me o mais possível para que não vejas que te sigo!
Mesmo sabendo que sofrias por outra...
Não apaguei a tua apresentação, nem as 100 cartas que trocámos, das idas e vindas de madrugada, às escondidas, com misto de emoção e medo, da aflição no nosso olhar, da vontade de dizer sim e com esforço dizer não, do querer e não puder, da vontade de estar mesmo sem o saber.
Como invejo esse teu único amor, por quem arrombaste portas, por quem lutaste contra tudo e todos, por quem entregaste esse teu coração que dizes ser pequeno. Não acredito nisso!!
Por quem riscaste paredes, por quem sofreste. E como sofres ainda só de ouvir a palavra "amo-te", mais ninguém o pode dizer, não a ti, não dessa maneira, nem que o sintas.
Não deixas que mais ninguém te diga que fica, que nunca se vai embora, que nunca te deixará, como fez a outra.

Eu não te deixo! Mesmo que não me queiras, eu não te deixo...

1 comentário:

nunocabruja disse...

É disto que eu falo amar incondicionalmente no matter what...quem escreve assim o amor corre-lhe nas veias e está pronto a ser colhido