sábado, 18 de abril de 2009

No dia...

...em que as lâmpadas se acenderam em sentido, os comboios pararam em espinha, os carros voaram, as pessoas amarraram se ao cais, os cães deram voz à luta, as árvores deixaram as raízes e iniciaram a marcha do hino, as sombras abriram se, as motas encostaram se ao vento e desligaram motores, os pássaros deitaram se em camas de penas e a música fez se silenciosa.
No dia em que os traços na estrada apontaram noutra direcção, as televisões relataram com definição, os cigarros apagaram se, as cervejas deixaram de ser bebidas frescas, o cheiro do café tornou se perfume dos imortais, os deuses aplaudiram de pé e a lua revelou-se.
Onde os semáforos permaneceram no amarelo remitente, a cruz da farmácia definiu os segundos, nas casas iluminaram se as velas e os mortos vieram à rua...




...eu, dancei!


http://www.youtube.com/watch?v=ip1zsUIosoA



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